Institucional
21.09.2023Avaliação diagnóstica: qual é a proposta e o que se pretende alcançar?
A avaliação escolar desempenha um papel fundamental no desenvolvimento educacional de crianças e adolescentes. Por esse motivo, no Bom Jesus, exploramos diferentes modalidades de avaliação, e, uma delas é a avaliação diagnóstica.
Essa avaliação busca entender o processo de aprendizagem de cada estudante de maneira contínua e progressiva. Com isso, é possível identificar a forma e o ritmo como cada aluno aprende, e então adaptar o ensino para atender às particularidades deles.
Propor atividades extras e desafios para alunos com facilidade para aprender mais rapidamente, assim como dar suporte adicional para aqueles que estejam com alguma dificuldade para compreender determinadas matérias com estratégias diferenciadas e mediações durante o processo, são questões direcionadas por essa avaliação diagnóstica.
Como são realizadas as avaliações diagnósticas?
Nos anos iniciais do Ensino Fundamental, de 2.º a 4.º ano, a avaliação diagnóstica é composta pelas sondagens e pelo perfil ortográfico, aplicados tanto no início do ano letivo quanto ao final do 2.º trimestre. A primeira aplicação ajuda a traçar o perfil da turma e de cada aluno em relação às competências e habilidades previstas para os anos anteriores, identificando os conhecimentos já consolidados e aqueles que possivelmente precisam ser retomados.
A segunda avaliação tem a intenção de identificar os resultados dos primeiros trimestres do ano letivo. Dessa forma, é possível planejar as ações dos últimos trimestres letivos para que a aprendizagem aconteça em profundidade e com compreensão.
Todas as informações de atividades avaliativas e a ficha de tabulação, que são os dados da avaliação diagnóstica, são reunidas e estudadas. Dessa forma, os gestores, assessores e professores podem contar com o apoio da análise estatística dos resultados, possibilitando a comparação entre turmas ou Unidades e resultado geral do Grupo de modo parametrizado. Essa comparação não tem o objetivo de classificar, mas sim de contribuir para o planejamento de estratégias e de intervenções pontuais.
Já nos anos finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio, a avaliação diagnóstica, aplicada no 1. ° e 2. ° semestres, tem quatro objetivos principais:
- Oferecer uma visão transparente dos resultados dos processos de ensino e de aprendizagem;
- Oferecer aos gestores e assessores ferramentas para a tomada de decisões relativas ao planejamento e ao desenvolvimento do Ensino Fundamental e Ensino Médio;
- Oferecer aos professores ferramentas para nortear a intervenção pedagógica, possibilitando a correção de lacunas de aprendizagem;
- Permitir aos alunos a compreensão das habilidades ainda não consolidadas e ofertar mecanismos para que elas sejam assimiladas e interiorizadas.
Teoria de Resposta ao Item
Os dados da avaliação diagnóstica são analisados pelo departamento de estatística com base na Teoria de Resposta ao Item (TRI). Essa teoria, que é o mesmo método aplicado no ENEM, considera as respostas segundo a avaliação de três parâmetros:
- Discriminação da questão: que diz respeito ao poder de diferenciar os alunos de acordo com a habilidade avaliada naquele item.
- Dificuldade da questão: que se refere aos diferentes níveis de dificuldade entre as questões de uma prova, para avaliar adequadamente os alunos em todos os níveis de conhecimento.
- Acerto casual (“chute”): que considera a probabilidade de um participante acertar a questão não dominando a habilidade necessária.
Esse tipo de análise busca desenvolver nos estudantes uma consciência da importância da leitura e análise das questões no momento da prova, para identificar as questões consideradas fáceis e as mais difíceis. Além disso, esse método permite perceber o nível de proficiência de cada estudante em relação às habilidades avaliadas categorizando esse conhecimento, de acordo com o modelo validado pelo INEP/MEC em: insuficientes, básicos, proficientes e avançados.
Na 3.ª série do Ensino Médio são aplicadas provas similares ao exame do Enem, inserindo cada aluno no grupo de milhares outros que também realizaram a mesma prova. Utilizando esta metodologia, o desempenho pode ser comparado aos alunos participantes da prova oficial do Enem.
Como isso ajuda o aluno?
Todos os resultados ficam disponíveis no BJ Connect e, a partir disso, os estudantes podem identificar os escores, os níveis de proficiência por área de conhecimento e outras informações que contribuem tanto para a autoavaliação do desempenho quanto para o estabelecimento de metas.
Além disso, o BJ Connect oferece orientações em relação aos estilos de aprendizagem. Isso contribui para o autoconhecimento e maior objetividade no planejamento de ações para superar as dificuldades observadas ou atingir as metas estabelecidas.
Todo esse processo é uma maneira de encorajar os estudantes a se tornarem protagonistas no processo de aprendizagem. Ao refletir sobre o feedback recebido e comparar os resultados ao longo da escolaridade, eles têm a oportunidade de perceber os progressos obtidos nesses anos e as habilidades que ainda precisam de atenção, tudo isso os direciona para aprimoramento contínuo.